Sai da frente que isso é Rap nacional!
Pele preta, tarja preta, na sarjeta da história
Beretas a mão, sem brasão, sem memória
Sem milhão, só pórão, só grilhão, óh escória
Favelas, hard core, nas telas, Val Marchiori
Olhe, esse jornais, a 2 mil anos atrás
Gritaram: solta Barrabás
Tornaram crime, nosso Deus, nosso Jazz
De notas livres, cê sabe o que issp faz
Foi repressão sobre repressão, sobra a depressão
Sobe a inflação, cabe ao são, inflamar a nação
Informar a ação que monetiza a fé
Porongos foi Canudos, foi Carandiru, foi Racionais na Sé
Sou Clementina, Skelé, Palestina, axé
Na esquina um Zé e... Pantera Negra Tupi
Não pra TV (não) , pro CV (jão) , mil grau
Tipo Lampião (então) banditismo social
Refrão
Isso é um campo minado moro
Tem que ser loko pra seguir de pé
Se quiser arriscar demoro
ta no seu nome ladrão, vai na fé
O barato ta doido e tem mais
Ninguém confia em ninguém
Querem tornar sua mente alcatraz
Ou febem
Relaxa, o discurso acha, rumo nas caixa
É Gaza a faixa, onde balas não são de borracha
Vidas em baixa, avenidas em marcha, é
Tua causa encaixa, mas não vê mortos da maré
Tem cor de graxa o desprezo por quem vive à
Mercê das praxe a la presos na Bolívia
Refém das taxa, tua sua é tua, livre-a
'Té crença racha, se fecha junto a Bíblia
(AH!) Dor do canto embala, banto, senzala
Sem pala, tanto que fala, pra ala
O cântico estrala, a luta de João Cândido exala
Liberdade, ao contrário no que o povo inala
(AH!) Nota agora, sequela, não gela
O nó na goela, revela
Tua rota mata, a nossa salva, sem cela
De um mundo que semeia Beira-mar
pra colher Dráuzio Varela
Refrão
Então segura que isso é Rap nacional
Sai da frente que isso é Rap nacional!