[Refrão]
Tem dias e dias que acordo de mal do mundo
Tipo 2pac, todos os olhos em mim nesse jogo imundo
E nessa corrida de 2, a regra conspira pra eu ser o segundo
Só que os porquês que eu busco não 'tão no raso e pra entender eu tenho que ir mais fundo
Vagabundo, eu vejo o mundo de mal de mim e eu ando de mal do mundo
O mundo de mal de mim e eu ando de mal do mundo
Vagabundo, eu vejo o mundo de mal de mim e eu ando de mal do mundo
O mundo de mal de mim e eu ando de mal do mundo
[Verso 1]
Eu nem sei por que ainda vejo as notícia, insisto
Eu nem sei por quê, sendo que cada uma que eu vejo me traz a certeza de que não devia ter visto
Sem novidade, ó, Cristo... o ser humano é o cisto nisto
E é terrível a sensação de que meus irmão 'tão morrendo enquanto eu assisto
Desisto! A realidade não afaga, pra nós é adaga
Que fere e segrega a lei, vide caso do Rafael Braga
A deprê te traga e como ficar otimista
Quando a esperança pisca e fica menor do que a aprovação do governo de um tal presidente golpista
Não passa igual vista, tipo frentista, boto gás pra ignição
Ter minha visão é igual toque de Midas, que é bênção, mas também maldição
Voltei pro modo lobo solitário, porque as pessoas te deixam sequelas
E pra mudar o mundo é melhor trabalhar por elas do que com elas
Luz para as celas tipo a de velas, cruzei o Mayombe, lembrei Pepetela
Na de recuperar nossa autoestima que tinha partido junto às caravela
Pique Truman, procurando a saída onde 'cês alivia pros nazi
Longe das lente de subcelebridade que virou seu próprio paparazzi
[Refrão]
Tem dias e dias que acordo de mal do mundo
Tipo 2pac, todos os olhos em mim nesse jogo imundo
E nessa corrida de 2, a regra conspira pra eu ser o segundo
Só que os porquês que eu busco não 'tão no raso e pra entender eu tenho que ir mais fundo
Vagabundo, eu vejo o mundo de mal de mim e eu ando de mal do mundo
O mundo de mal de mim e eu ando de mal do mundo
Vagabundo, eu vejo o mundo de mal de mim e eu ando de mal do mundo
O mundo de mal de mim e eu ando de mal do mundo
[Verso 2]
Meu primo sofreu um acidente, na fuga do roubo de carro
Lembro dele criança, pedindo o dinheiro do pão, como é bizarro
Chapa, e meu tio que foi morto a tiros, até hoje ninguém sabe a razão
Eu sou o Constantine da minha família, viu? Tô tentando quebrar a maldição
Não aceito a vida que querem pra mim, muito menos a morte que querem pra mim
Já to com a princesa agora quero o reino e meu gênio é forte, me chame Aladim
Simples assim, escrevi meu livro e sei que isso deixa o sistema inquieto
Porque segundo as expectativas, era pra eu ter crescido analfabeto
Cada provérbio afeta quem tá perto, que minhas folhas enxuguem as lágrimas
Onde o jardim deu lugar ao concreto e as flores já são vendidas em máquinas
Lacunas abertas, meu papo é certo, tomei a atitude que a guerra pediu
Meu Rap é soco na boca dos racista, como na cena em Charlottesville
Também é hostil nossa pátria e parte não entende a manipulação avassaladora
Que as calculadoras só trabalham pra quem vende a sua imagem como assustadora
É Temer, é Trump, é Jack no busão, é os conservador vacilão
Caixa de Pandora foi entregue e aberta, sem endereço pra devolução (merda)
[Refrão]
Tem dias e dias que acordo de mal do mundo
Tipo 2pac, todos os olhos em mim nesse jogo imundo
E nessa corrida de 2, a regra conspira pra eu ser o segundo
Só que os porquês que eu busco não 'tão no raso e pra entender eu tenho que ir mais fundo
Vagabundo, eu vejo o mundo de mal de mim e eu ando de mal do mundo
O mundo de mal de mim e eu ando de mal do mundo