Fui chamado pra cantar
Na vila de Ribeirão
Convite que arrecebi
Do festeiro Riachão
De tanta que se fazia
Meu louvor a São João
Minha fama já corria por todo aquele sertão
Preparei minha viola
Na sistema cebolão
Eu visti meu terno preto
E botei meu cinturão
Nos dedos da mão direita
Eu botei seis anelão
Quatro meu, dois emprestado, eu fui nessas condição
Encilhei o meu cavalo
E parti pelo estradão
Quando cheguei no terreiro
Sortaro muito rojão
Eu fui entrando pra dentro
Lá no meio do salão
Muito morena bonita, disse a Deus, peguei na mão
Me assentei perante o povo
Parecia uma sessão
Temperei minha viola
Cantei uma louvação
Quando apareceu Zefinha
Com grande apreparação
Cheia de laços, de fita, bonitinha de feição
Eu fiz um verso pra ela
E ela veio agradecer
Me chamaram pra jantar
E eu fui pra comparecer
Ela sentou do meu lado
Meu corpo garrou tremer
(E) Levava o vocar da boca mas não pudia descer (?)
(Essa última estrofe eu tentei muito mas não consegui entender)
E despois formar o baile
Zefinha veio falar
Seu moço, larga a viola
Venha comigo dançar
Minha vista ficou escura
Meu corpo garrou suar
Minha perna tava dura que nem saía do lugar
Quando foi de madrugada
Pra minha história encurtar
Eu já era quase dono
Da festa lá do lugar
Combinei eu e Zefinha
Que nóis ia se casar
Esperamo noutra festa, São João veio ajudar