Carrego uma flor do campo
Que na cintura se une
Muitos lhe acham perigo
Eu trago pelo costume
Minha flor carrega um brilho
Que em outras causa ciúme
E embora sempre comigo
Nunca senti seu perfume
A flor que brotou solita
Sem precisar primaveras
Trazendo o brilho do ouro
Na sua imagem singela
Carrega junto do corpo
Sua mensagem sincera
Que mesmo assim sem ter vida
A vida se mostra nela
Talvez bem mais que um romance
Com juras se faz paixão
Na prata nasce o desenho
Por conta da inspiração
E assim por ser pequenita
A flor conhece a razão
Vem e se aninha, escondida
Por debaixo da minha mão
Tem a arte presa ao campo
Num relevo detalhado
Onde as pétalas comungam
A vida de lado a lado
Se alguém lhe olha comigo
Já pensa, ensimesmado
Melhor manter o respeito
Pra evitar um estrago
Essa flor carrega o lume
Que habita o brilho da prata
E embora bem desenhada
Nunca estampou serenata
Vive assim emudecida
Na sina que lhe arrebata
Tem ganas de ser do campo
Mas é do cabo da faca