Nesses versos vou contar
Mais uma historia de um ricaço
Que apesar de ser bem rico
Também teve o seu fracasso
Quando um pobre ia pedir
Lá no seu portão de aço
Respondia, hoje não tenho
Ai, ai, ai, ai, lá de dentro do terraço
Sendo ele um homem rico
Nunca, nunca fez o bem
Ele nunca deu esmola
E nem pousadas pra ninguém
O castigo nunca falta
Mesmo tarde sempre vem
Sua vida se arruinou
Ai, ai, ai, ai, foi na miséria também
E vivia pela rua
Todo sujo esfarrapado
Parecia um cão sem dono
Por este mundo jogado
E morreu de fome e frio
Pagou caro o seus pecados
E morreu sem um socorro
Ai, ai, ai, ai, ele foi bem castigado
Hoje está no cemitério
Num buraco bem no fundo
Lá bem longe dos ricaços
Numa quadra lá no fundo
E na tampa escreveram
Quem está aqui é um vagabundo
Que morreu e já foi tarde
Ai, ai, ai, ai, não faz falta para o mundo
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)