Olha que eu tenho tentado não falar mais de paixão
Sei que o assunto é maçante pra quem não tem coração
Mas toda vez que me vejo com a viola na mão
O peito soluça triste me vem na recordação
Que eu julgava ser amado e descobri que era enganado
Trago no peito magoado a dor da desilusão
Aquela ingrata fingida levou minha alegria
Interrompeu o meu sonho, ter a vida que eu queria
Fazer do rancho um castelo tendo a sua companhia
Me deixou sem ter motivo e o que fez é covardia
Quero esquecer não tem jeito, a paixão rói o meu peito
Desde quando deixo o leito até o nascer de outro dia
Só quem teve um desengano compreende a minha dor
Sabe o que eu estou passando se já teve um mal de amor
Essa mágoa me persegue por qualquer lugar que eu for
Ainda bem que Deus é Pai e fez de mim um cantador
Pra suportar a saudade, combater a farsidade
Pra dizer bem a verdade, eu não quero mais ter amor