Eu recebi uma insulta
Esse cara não me escapa
Aquele que pinta o sete
Logo cedo leva tapa
Já rolei foi na poeira
Fazendo pega sem capa
Agora vou impor respeito
Vou pegar o tal sujeito
E riscar ele do mapa
Em todas as festas que eu chego
Sou o dono da barraca
No jogo não perco ponto
Minha bola é na caçapa
Quando eu entro num catira
Bato o pé no corta jaca
Violeiro que eu vi perdendo
De raiva ficou mordendo
Que nem cobra jararaca
Forgazão comigo estica
Que nem corda de bruaca
Na viola ninguém me vence
Nem a custa de mandraca
O meu grande repertório
A minha fama destaca
Já correu o Brasil inteiro
O meu vulgo é violeiro
Que não pega urucubaca
No dia que eu bebo um pouco
Pra curar minha ressaca
Monto de cara pra trás
Corto reto mão na taca
Num fandango de violeiro
Não entro com moda fraca
Eu faço as corda gemer
Violeiro que me ofender
Vai morrer em ponta de faca