Eu nasci naquela serra
Num ranchinho beira chão
Eu adoro minha terra
Lá foi minha criação
Só não ama sua terra
Quem não tiver coração
Meu ranchinho é de taquara
Amarrado de cipó
Quando é tarde e noite clara
Só se escuta o chororó
Piando naquelas furnas
Lá pra aqueles cafundó
De lá mudei pra cidade
Hoje estou morando aqui
Mas sinto muita saudade
Lá do rancho onde eu nasci
Mas o que vamos fazer?
Minha sorte eu vou cumprir
Meu destino é cantar
Canto quase todo o dia
Canto pra me disfarçar
Todos de minha autoria
Vou deixar da minha viola
Quando a morte vier um dia
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)