Sou João Ninguém brasileiro,
Casado pai de três filhos,
Quero um pedaço de terra meu senhor,
Pra plantar feijão e milho,
Sua excelência trago esse requerimento
Não repare meu jeitão porque eu sou bem caipira,
Por muitos anos eu ouvi tanta promessa mas só me pregaram peça o que ouvi foi mentira,
Sai da roça não pela minha vontade porque estou nessa cidade cada vez mais na “imbira”,
Mas o senhor nos inspira confiança fizer nascer a esperança do povo que mal vestia,
Sem egoísmo eu não peço só pra mim sou a boca da pobreza falo por quem não tem sorte,
O senhor sabe a nossa vida é precária falo da classe operaria do Brasil de sul a norte,
Eu por exemplo espero a reforma agrária e por vir aquela área eu perdi para o mais forte,
Sei que o pedido do sem terra não influi mais veja se nos inclui no seu próximo pacote,
Sei que o senhor já tem problemas demais mais peço prioridade no pedido que lhe fiz,
A minha classe sei é chamada de baixa mais é nela que engaja a base desse país,
O senhor sabe e muito mais do que eu nunca se desenvolveu sem ter um povo feliz,
Preste atenção no "parpite" do matuto, árvore não dá bom fruto se não tem boa raiz,
Sou João Ninguém brasileiro,
Casado pai de três filhos,
Quero um pedaço de terra meu senhor,
Pra plantar feijão e milho.