Eu tenho é reclamação
Das muié de hoje em dia
Tem muita muié casada
Ligeira na mestrancia
Aprendendo nas novelas
Que só mostra porcaria
Pula a cerca do mangueiro
E some na camparia
E se o marido, coitado
Der só um pulinho errado
Ela já tá de bote armado
Que nem cobra na rudia
Quando ela sai com o marido
Cuja única serventia
É só servir de fachada
Pras suas estripulia
Enquanto ele joga um truco
Hora zape, hora espadia
Ela junta com as amiga
Na completa culundria
Chega uma pinga no trouxa
Suspende a saia pra coxa
E já aparece a vaca roxa
Misturada com as nuvia
Tenho sodade é do tempo
Que o cipó ainda valia
Quando a muié tretava
Que o marido descobria
Cortava um cipó São João
E logo a guasca comia
Quatro ou cinco lambada
Ela já pegava a tria
Hoje basta ter vontade
Que é chamado de covarde
Deixa a muié à vontade
Dorme na delegacia
Esse mundo vai findar
Iguar o meu vô dizia
Que haverá de vim um tempo
De virá tudo anarquia
Das muié mandá nos home
Montada na valentia
Por isto é que eu não casei
De pura veiacaria
Sozinho no meu cantinho
Eu aprendi viver sozinho
Vendo a barba do vizinho
Da maneira como ardia