Parceria e par é divisão irmã
É mais que dois colóquios, incestos ou manhãs
É mais que dois abraços em pedras esculpidas
Estranhos confidentes ou feras escondidas
Me dá tua palavra que eu dou-te minhas mãos
A espera transitória, efêmera paixão
Um trâmite no espelho virou-se mais que antigo
E a imagem do desejo é a força que persigo
E os mares dormirão espectros também
E os últimos varões deixaram-se morder
A última quimera, diáfanos irmãos
A fonte nos espera, o ninho das canções
A fome dos poetas, deixemos as prisões
A saciar a sede nos cristais da criação
Me dá tua palavra!