Se depois,
Que essa transa acabar,
Você ainda me chamar,
De bicho muito louco.
Com essas calças de pescador,
Os olhos presos em minha boca,
Eu posso até ser um rato do porto,
E deixar o navio.
Sendo assim,
Eu vou ter que chamar,
Você de minha linda,
Louca,
Menina vadia.
Com essa pele desbotada,
Unhas ferradas em minha roupa,
Eu posso até ser o Rei
E você a Rainha
Desse imenso mar.
Só peço desculpas,
Por parecer tão vadio,
Algo assim como um ladrão.
Meu rato, meu queijo, meu porão.
Mais você também,
deve ser mais coerente.
Me cante, não conte, não tente,
Me enganar.
Me cante, não conte, não tente,
Me enganar.
Me cante, não conte.