Por onde o rio passa
Os verdes reflorescem
A relva, a rã, a garça agradecem
Todo frescor e graça
Da corrente cantante
Que rola abismo abaixo, abundante
Por onde o rio passa
Sem mais, ajunta gente
E um povoado nasce no repente
O pescador, o canoeiro
A artesã que tece a rede
Que embala os amantes
Há mesa farta para o banquete
Repouso pro cansado viajante
Por entre musgos e pedras
A preciosidade anda presente
Canto de lavadeiras
Por onde o rio passa
Moças namoradeiras
Por onde o rio passa
Banhos de cachoeira
População ribeira
A fruta ingazeira
Minha canção faceira
Por onde o rio passa
Por onde o rio passa
Canto de lavadeiras
Moças namoradeiras
Banhos de cachoeira
Minha canção faceira
Por onde o rio passa!