Andei distante escondendo a minha mágoa
Tive os olhos rasos d’água todas as vezes que sofri
Porém de volta, aqui estou mulher fingida
Vim falar de nossa vida e você tem que me ouvir
De sua casa um dia fui mandado embora
Saí pelo mundo a fora e você ficou sorrindo
Me ouça bem de sua vida nada quero
Vim pra condenar seus erros por deus estou mentindo
Você não teve o menor gesto de nobreza
Apesar de ter certeza de quem é o seu amor
Não me convide a entrar em sua sala
Pois tudo que você fala para mim não tem valor
Muito abrigado pelo grande menos prezo
Ao julgar-me indefeso tive uma nova visão
Vi me abrigado a dizer-lhe tudo isso
Para que você não morra sem obter meu perdão
Não quero ver e nem ouvir a sua história
O seu passado e sua glória para mim não vale nada
Nunca se esqueça que seu velho companheiro
Não se vende por dinheiro e nem teme luta serrada
De sua mesa nunca vou pedir-lhe um prato
Sou índio filho do mato, caboclo do sangue forte
Eu lhe aconselho que aprenda ser mais gente
Nunca mais fale meu nome e que deus lhe dê mais sorte.