Não deixe o coração se escravizar
Nas garras da soberba
Da avareza, da luxúria
E da ira e da gula
E da inveja e da preguiça
Não deixe o coração se extraviar
No labirinto dos pecados capitais
A soberba faz o homem ficar bobo
Totalmente ele acredita ser o tal
Não divide opinião, não tolera oposição
A soberba é um pecado capital
O avarento leva sempre a mão fechada
Sua vida se resume num cifrão
Vive louco por dinheiro
Põe um preço em cada irmão
A avareza é o limiar da solidão
A luxúria tira o brilho de uma vida
E destrói a singeleza do amor
Da mulher faz objeto
Faz do homem pecador
A luxúria faz peteca do amor
Muita gente não controla o sentimento
Qualquer coisa os tira fora do normal
Vão gritando, vão batendo
e agredindo seus irmãos
Pois a ira tira o uso da razão
O guloso nunca vê além da mesa
Seu senhor é seu enorme o paladar
Sai da mesa, vai pra mesa
Não consegue mais parar
Come tanto que até sente mal estar
O invejoso é um sujeito incompetente
Que não pode ver ninguém fazer o bem
Sempre arranja um defeitinho
E um "contudo" e um "mas, porém"
Sente medo dos talentos que não tem
A preguiça faz do homem um vadio
E o transforma num sujeito sem valor
Sai da cama, vai para rede
Sai da rede vai dormir
A preguiça faz o homem regredir