Sinais nos céus. Tempos de sofrimento são chegados
Balas traçantes anunciam mais um réu culpado
Enjaulado suicida. Na marca da besta, a veste
Morrer no mata. Assina um 12. Espalha a peste
Cidade devastada. Os mortos é que vivem aqui
Na cova, riem ao sair. Já vi que não tão nem aí
Se vai voltar. Mundos dos mortos
Se for pra passar fome ou pra viver sem nome, aborto
Tortos corpos vagam em tempos sombrios
Sangue nos rios, neve no verão, calor no frio
Mas quem não viu fumaça na fábrica? E o fabricado consumiu
Consentiu com esse genocídio armado e sucumbiu
Mas desde antes a Terra aquece
Pra expurgar a estrela errante.
Só um instante não difere o apocalipse pessoal
É só colheita
Salvação, vem, mas tem que passar na porta estreita
Mais um eclipse cega minha noite. E pro açoite aqui
Não falta vaga.
A bença da coroa na saga de quem roga a praga
Amarga o sofrimento. Indaga o sentimento
Não se comove, toma, naufraga esse lamento
Vem com o vento o mal que atenta
E eu te atento a associar com o céu cinzento
Os arrebento, asfalto, sangue, tang, leva aos bang bang
E o bang, é de quem sai dos feudo
e volta pra ficar beúdo com as gangue
Quadro nacional na pista, sempre os mesmos artistas.
Cenário iluminista
De quem arquiteta e dita sua dieta mista
Desilusão, ilusão estereotipada. E eu não vejo nada
Fita dominada, nada. É muita treta
Entendedor, um tratamento é letra
É tudo igual esses demônios no temperamento
Que vem à tona, diabólico
Aqui as crianças deitam as esperanças nos dogmas católicos
Não cresce. Endurece. Amadurece
Cai de maduro podre. Se nasceu pobre, veste as preces
Na vida