Caem lágrimas de um novo tempo
Há dias ventos batem. Noites abatem meu novo templo
Vidas salvas concedem calma em suas orações
Na reconstrução da nova alma, só que sem grilhões
Deixar pra trás o apego cego e o ego morto. Aborto
A culpa eu nego, mano. Confesso que me entrego
É bom lembrar do que restou de bom
É o no que apego
Tudo que eu podia ser, contra o que eu queria ter
Um estudo ser saber, mudo eu não podia ser
Meu escudo, fazer valer o bater do coração
Nessa canção perdão e gratidão
Redenção, a minha dor em penitência
E desde então, no muro da lamentação
Furo a ilusão do anseio puro
inseguro nessa transparência
Passo a comunga, minha vivência
Perdoe o erro em transcendência
Quando faltou maturidade
É que era pouca idade pra essa experiência
Na realidade, esquizofrenia que não suporta
A porta da memória que não suplanta
A agonia que comporta
Tão redundante ao externar o quão internar é sufocante, ah
Só queria viver, hoje eu só quero me expressar
Aquele que pensa sem parar aprende a parar pra pensar
Uma vez que vem de um transpirar
Quase se rende a uma vontade de parar de respirar
Prepara algo a me inspirar. A vida em mim, Deus, perdão
E pelos meus só digo sim, nem sempre penso em mim
Enfim, antes do fim, amo você que fez por mim
Anjo que prefiro mais que minha mãe
Nesse pecado aí me arranjo
Vivo pra pagar, sem a borracha pra apagar
Nas linhas tortas, tudo que escrevi errado
Passado, morto, enterrado. Ponto, encerrado
Batendo a porta o fim do mundo, sem desconto
Tô pronto. Há tempo? Quantos dias?
Tá berrado