No meio de carro e lixo, barro e asfalto
O homem é bicho
Mulher de salto, vaidade assola
Esmola, a gota d'água
Degola a esperança. Não vê mudança
Criança chora
Exploram aonde mora a vingança. (onde?)
No agora e sua pouca importância
Não mais problemas, clamam
Os que os amam te chamam de pai, Deus
Preserve os seus da insônia ingrata
Babylon não cai, mata. Vai, sai pra vida ver
Ai, dói demais... Na guerra, a paz ninguém traz a você
É o que você faz, escolhe. Planta e colhe
E olhe em si. Enxergar não é ver a ti
Achar que tem que ter pra ser, e errou
Berrou, tá errado. Enterrou no próprio passado
No errado o brilho no olhar berra calado
E é minha culpa? Se ocupa dessa verdade
Desculpa a sinceridade, conforta viver na mentira
Eu tenho dito, não tens escutado
Reféns escoltados, por bens enganados!
Essa minha ira ao pai pertence
Aquele que vence no final, afinal é o final. Pense
Quem arquiteta o mal, transforma em inferno astral
Da realidade à ficção, lado oposto em fricção
Gera maldade ser do bem
Convicção, no coração inquietação
Comoção sem poder de ação
Não precisamos de mais problemas
Satélites, transmissão da vida em falsa versão
Nossa aversão é o dilema?
Não. Problema é roça de aço
Sustenta o fiel do maço, cai no laço antes do bote
E holofote pra serpente e sua genialidade
Secando o pote, é o decreto
Morte ao nosso mundo
Jardim suspenso pra manter longe da raiz
Concreto, tio!
Se não viu, vê... esquecimento
Plantando asfalto, dando vida aos prédios vamos colher vento
Ó, meu senhor, me dê visão, além do céu cinzento - a pretensão
Além dos fatos, a verdade é um sentimento
E o que você sente?
Pra que você mente?
Pra si
Tá em si o amor, e não vê no mundo
É todo mundo indiferente
Não há plenitude
Assim o fim é rude pra existência
Quero acreditar que ainda há virtude em nossa essência
Não precisamos de mais problemas. Não
Não precisamos de mais problemas
Não precisamos de mais problemas
Não precisamos de mais problemas