I
Nas crônicas da gente brasileira,
Queremos um lugar prá Mossoró,
Cidade centenária e pioneira,
Desbravadora do ínvio Sertão;
Sofreram os seus filhos a canseira;
Viveram na esperança a vocação:
Mas assim se fez a sorte
Com inusitado amor;
A cruel gleba gleba domaram
E fluíram seu valor
Estribilho
Mossoró de Baraúnas a terra;
heróico sítio da Virgem Luzia;
Teu nome sonoro remonta a era
De indíos valentes das margens do rio
Que longe nasce no Oeste bravio.
II
Lembramos hoje teus anos de glória:
Ousada fôste sempre Mossoró;
Por ti começa, a senda da vitória
Na luta ao cangaceiro lampião;
Precusora exemplar da Pátria História
Em abolir a negra escravidão:
Nem a sêca já temeste
Com seu infernal calor;
Encontraste a boa linfa
Que teu povo saciou
III
Bondosa se mostrou a Natureza
Em cumular de dons a Mossoró:
Das várzeas e do sol vem a riqueza,
O Sal, precioso sal, que o mar produz;
Nas matas da Caatinga ao estio acessa,
A nívea vela do Algodão reluz;
Vem a brisa do Nordeste,
Mensageira do alto Mar,
As carnaubeiras belas,
Sussurantes, embalar
IV
Ao povo, a seus feitos, à cidade,
Cantemos este hino de louvor,
Legado de esperança à mocidade
Em grandiosos dias no porvir;
Moldado desta forma se retrate
Como em gesso fiel nosso sentir:
Seja nosso grande lema,
Construindo pela Paz,
A conquista do Progresso
Que feliz o povo faz