São Martinho de Cima da Serra...
Um decreto de fria concisão
deixa à margem da história a nossa terra
traz o tempo da desolação.
Quase um século depois da derrocada
o poeta-trovador celebra e canta
que de suas próprias cinzas apagadas
São Martinho da Serra se levanta.
São Martinho da Serra
é a nossa terra, meu irmão.
É a nova face, força que renasce
do velho sonho de emancipação.
Verde-azul e loiro na paisagem
desta terra de história e tradições.
Campos, cerros, searas douradas
longas estradas e vastos rincões
Rolando léguas na longa viagem,
os irmãos Guassupi e Toripi
num abraço de águas se apagam,
seguem a saga do rio Ibicuí.
Como os rios que unem seus caminhos
vamos juntos seguindo para frente
com aquele mesmo amor por São Martinho
dos antigos conselheiros dissidentes.
O desafio de hoje é construir
e a urgência não permite olhar pra trás.
O lema é dar as mãos e descobrir
horizontes de esperança e paz.