Quando a noite alinda lua
Torna as pedras cor de prata
Diamantina sai à rua
Transformada em serenata
Seresteiros indomados
Dedilhando violões
Levam música aos ouvidos
E saudade aos corações.
A seresta apaixonada
Corre as ruas do Macau
Capistrana Cavalhada
São Francisco, Burgalhau
Essas ruas serpeantes
É tão fácil entendê-las
Descem doidas por diamantes
Sobem ávidas de estrelas.
O Itambé mesmo de longe
Ouve os sons quase em surdina
Ergue as mãos azuis de monge
E abençoe Diamantina
Se de um sonho nada resta
Só saudade, só, mais nada,
Como é linda uma seresta,
Numa noite enluarada.