Num bairro da capital um assaltante existia
Naquele bairro também uma velhinha vivia
Desde que o filho foi embora sozinha ali residia
E numa noite alguém em sua porta batia.
Ela gritou por socorro logo chegaram soldados
E depois de um tiroteio caiu o ladrão baleado
Veio a velhinha pra ver quem era o ladrão malvado
Chorou ao reconhecer que era seu filhinho amado.
Na mão trazia uma rosa e um bilhete onde se lia:
"trouxe uma flor pra senhora que hoje aniversaria
Voltei pra ouvir sua voz me chamar de meu menino.
Me perdoa mamãezinha, por ter voltado assassino".
Ela dizia beijando aqueles olhos sem brilho:
"eu fui chamar a polícia pra matar meu próprio filho
Veja como existe amor mesmo nas almas perdidas
Aquele homem assassino não esqueceu a mãe querida".