Sempre te vejo pela beira do riacho
Pelo solto pé descalço
Corpo nu rosto sorrindo
Espiga aberta bem no meio da seara
Estrela que vem caindo
Então te vejo surgindo moça formada
Cana doce namorada
Na estrada chuva fina
Sonho atrevido flor forrada de orvalho
Fruta madura no galho
Cachoeira cristalina
Sinto teu cheiro com a pancada da vento
Isso aumenta meu tormento
E desatina o meu cantar
Eu me enrosco me prendo em teus abraços
Paz na curva dos teus braços
Vou fazer minha morada