O sol que me visita
Diz que eu sou que sou tropical
Meu encontro com o vento
É um grande evento, invento musical
Meu brilho brasido
Diz que eu sou que nacional
Meu pendão de esperança
Diz que eu sou muito mais que um milharal
Meu cabelo solto ao vento
Sofre o vendaval do capital
Devastando a vida humana
Causando um grande estrago social
Minha folha é navalha
Faz corte transversal
Minha palha é estopim da batalha
No corpo social muito desigual
Minhas raízes fincadas na terra
É garra, é motivo de guerra, guerra nacional
A vida que eu busco na terra
Transcende a condição de um vegetal
Sou milho, sou milho sou milharal
Estou no campo estou na capital
Debulhar-me
É tirar o brilho, o brilho da espiga
É arrumar intriga
É provocar a briga
No campo e na cidade
Sou milho, sou milharal
Estou no campo estou na capital
Estou no mundo, mundo humano
Neste grande hospital