Brasil um rio de águas turvas
Mil curvas ou muito mais
Chega de repente
Como enchente no verão
Inunda o peito não tem jeito afoga a alma
Retira a calma e dispara o coração
Num bate, bate ribombar da ribanceiras
Num bate vento das cabeças cabeceiras
Brasil um rio de águas fundas
Mil ondas e vendavais
Tem tantos remansos
Que eu me canso de olhar
Sombria o peito (o meu recanto de agonia)
Sem calmaria e Maria pra dançar
Por não ter vaga pra vagar um vaga-lume
Por não ter forças pra navegar o teu volume
Por não ter vaga pra vagar um vaga-lume
Por não ter vez pra matar a tua fome