De manhãzinha...
Quando o meu galo cantar...
Vou procurar a jurubeba,
Lá na mata da jurema.
Vou fazer um licorzinho
Bem gostoso, bem docinho,
Vou juntar cravos vermelhos
E ofertar a meu Pai Ogum.
Ogum, Ogum, Ogum Rompe-Mato!
Vem das bandas de aruanda em seu cavalo
Vem buscar sua oferenda,
Com amor eu cuidei.
Vem quebrar todos males
Vem trazer nosso bem
É dourado o seu elmo
Como a flor do girassol
De veludo é a sua capa,
Pintei de rubi como pedra coral
Vem beber, Senhor Ogum
Vem fumar, meu pai Ogum
Quebre todas as demandas
Do meu, seu, nosso ajogum
Vem comer Senhor Ogum
Vem fumar, meu pai Ogum
Quebre todas as demandas
Do meu, seu, nosso ajogum
De tardezinha...
Quando o meu galo cantar...
Vou preparar a feijoada
Com temperos da jurema
Vou pegar na geladeira
Uma cerveja bem gelada
E um charuto de primeira
Vou ofertar ao meu Pai Ogum