Eu transei todas
Eu comi todas
Sempre que trepo não me importo de ser tão machão
Com as meninas nunca deixo o meu coração
Se bobear de novo eu molho até o seu colchão
Dispensei todas
Arrasei todas
Sempre que posso magoar eu nunca tenho dó
Eu faço jus à minha fama e ter um bom gogó
De implacável pegador e nunca estar só
Um belo dia
Soberbo dia
Eu dei em cima de uma linda moça do liceu
Pra meu espanto prontamente me correspondeu
E fomos juntos pro motel de um camarada seu
No rala e rola
Com toda a bola
Eu quis fazer sessenta e nove com todo o tesão
Mas dei de cara com uma geba de arrastar no chão
Me apontando bem na cara, já em ebulição !
Passado o susto
Com muito custo
Eu quis saber o nome dela e me disse então
Cheia de manha, com voz meiga de cortar mamão,
Que adivinhasse, se pudesse, com um grande beijão.
Deu uma risada
E uma piscada
Ela queria dar também seu lindo coração
Eu fui embora sem demora e sem pedir perdão
E muito menos nem um simples aperto de mão
Ficou nervosa
E furiosa
E espalhou pra todo mundo e pôs no Estadão
Que eu era um bronco, enrustido e brocha de montão.
Que só no terra eu funcionava, e mesmo assim, lerdão
Pra meu tormento
E desalento
Fiquei com fama de viado e de bofe anão
Nem as lolitas me quiseram dar sua atenção
E foi bem feito que agora aprendi a lição.