Ali na quadra cinco barra sete em Sobradinho
Na rua lá do Banco do Brasil e das feirinhas
Parei o meu Escort na farmácia ali pertinho
Comprar um sal de frutas e também umas balinhas
Lá tinha uma dona que beirava os quarenta
De dores reclamava e suava como bica
Queria um remédio prum calor que só esquenta
Não saber explicar porque não passa essa xica
O pobre balconista não podia dar na vista
Sabia que o problema não era de dar remédio
O jeito dela revelava ser materialista
E sozinha vivia, empanturrando-se de tédio.
Então ela pediu um pouco só de dipirona
Pra dor e enxaqueca, faz passar esse calvário.
Depois que foi embora, após pagar, a rica dona,
Não pude me conter e fiz um breve comentário
Ela precisa é de piroca, é de piroca, é de piroca.
Não é preciso dipirona, é de piroca que ela precisa.
Ela precisa é de piroca, é de piroca, é de piroca.
Não é preciso dipirona, é de piroca que ela precisa.
Pra dores de cabeça não tem lá coisa melhor
Pra pele mais sedosa e cabelos mais macios
Pra sorriso mais branco e refinar o seu suor
Pra todos os humores e pra todos os cios