Avoa jacutinga, na divisa botô ovo
Quem me dera estar agora, avoa jacutinga
(Avoa jacutinga, na divisa botô ovo
Quem me dera estar agora, avoa jacutinga)
No baile do mundo novo
A siá Rita lhe adora
É uma boa costureira
Mandou vim uma cavaiada
Das banda da ingazeira
Cada cavalo cião
Cada cião uma senhora
Cada senhora dois braço
Cada braço uma mão
Cada mão com cinco dedo
Cada dedo uma memória
Cada memória um retrato
Da moça que eu namoro
Adeus, Rita lhe adora
Adeus que eu já vou-me embora
Amanhã por essas hora
Galo canta vancê chora
Na garupa eu levo a Aurora
Avoa jacutinga, na divisa botô ovo
Quem me dera estar agora, avoa jacutinga
(Avoa jacutinga, na divisa botô ovo
Quem me dera estar agora, avoa jacutinga)
Jacutinga é miudinha
É danada pra cantá
Quem não sabe a jacutinga
Vai lá em casa perguntá
Quem não sabe do caminho
Agora eu vou lhe ensiná
No currá da vaca braba
Não vou lá que o boi me dá
Já tirei uma mumuca
Na testa de um marruá
No arto da Lipantina
Eu já vi onça piá
Formiga mata elefante
Mas não pode carregá
Formiga é bicho pequeno
Vai comendo devagá
Meto o machado no pau
Deixa o cavaco avoá
Tava em casa descansado
Sem pensá, sem imaginá
De repente um portado
Seu Boldrin mandô chamá
Avoa jacutinga na divisa botô ovo
Quem me dera estar agora, avoa jacutinga