Eu quando paro em frente ao casario
Sinto até um arrepio no meu peito se aninhar
É que eu recordo de uma campina florida
Da minha amada querida que só me trouxe penar
Em pensamento vejo frutos pequeninos
Que nos tempos de menino eu vinha saborear
Muito vermelho parecendo com matinhos
Protegidos por espinhos e com nome de juá
Pra quem não sabe, nunca viu, talvez não veja
E frutinha sertaneja, saborosa como quê
Meu juazinho sinto hoje de verdade
Que a malvada saudade tem gostinho de você
Pois comparando lembro que anos depois
No primeiro caso a dois foi que pude compreender
Assim tal qual os teus frutos juazeiros
Ao colher o amor primeiro já comecei a sofrer
Juá do campo dos meus tempos de criança
Das feridas da infância até gosto de lembrar
Mas das picadas que esse amor me dá
Se eu pudesse nem pensava, pois a dor é de matar
E desse ponto onde o casario existe
Do que é muito mais triste quase deixo de falar
Não há mais campo como havia de primeiro
Não tem mais o juazeiro só o espinho mora lá
Pois quem na vida me ensinou o que é saudade
Sem saber o que é saudade tem ali sua mansão
E que serena sem pensar que seu espinho
Muito mais que o juazinho vem sangrar meu coração