Sopro de brisa que vem la das campinas
Seu contato me fascina e me põe logo a cantar
Quanta ternura nesse afago tão suave
Como as plumas de uma ave me chamando pra voar
O teu perfume, esse aroma indescritível
Como alma invisível das florestas do senhor
Brota em meu peito sentimentos tão dispersos
Que eu vou compondo em versos a poesia do amor
Sopro de brisa se no mesmo nascedouro
Dos florais de teus tesouros eu fizesse o berço meu
E por castigo esse Deus que eu nem conheço
Me cobrasse um certo preço que um poeta mereceu
Eu certamente por roubar a natureza
Morreria na pobre a dizer as coisas do céu
Até que um dia esses versos que esbanjo
Ressonassem com os anjos no infinito azul do céu