Pra carpir tá alto, pra roçar tá baixo
Pra quem não gosta da foice todo o mato é ruim de facho
O homem trabalhador pula cedo na choupana
Enfrenta qualquer serviço e da vida não reclama
A roça produz com sobra, a fartura até derrama
Mas o homem preguiçoso só sabe ficar na cama
Hoje eu vivo na moleza, mas dei murro pesado
Já cortei tora no mato no golpe do meu machado
Já revirei terra bruta no tombador do arado
Meu rancho, meu palacete, tenho nele meu reinado
Negócio de ocasião se resolve sem demora
Quem possui muito dinheiro não precisa de penhora
O caboclo decidido resolve as coisas na hora
Toda mulher de respeito é chamada de senhora