(“Eis amigo, a vida não vale nada”)
Quem passa por minha terra
Na minha velha morada
Vai ver uma triste tapera
Que ali aos poucos se acaba
Tal qual minha pobre vida
Que segue o rumo do nada
Tentei viver os meus dias
Ao lado de minha amada
Porém nos passos da vida
A sorte me foi negada
Perdido neste caminho
A vida não vale nada
Agora vou pelo mundo
Sozinho e desesperado
Pisando em falsos carinhos
Chorando amores passados
Amei mais de mil mulheres
Nenhuma vive ao meu lado
Aquele que nasce homem
Precisa ser muito forte
Se for preciso, me arrasto
Em busca de minha sorte
Não importa o que me espera
Vitória, vida ou morte
Jesus também neste mundo
Viveu sofrendo calado
Levando até o Calvário
O seu madeiro pesado
A cruz que também carrego
Serei crucificado
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)