Faz muito que ando na lida pintando panos de fundo
Tocando o sonho e a vida, pelas coxilhas do mundo
Desde a primeira aprendi, fosse no rumo que fosse
Que o caminho mais amargo faz a chegada mais doce
Assim se amolda o destino, ganhando e perdendo vaza
Seguindo o rastro de um sonho, que um dia fugiu de casa
Se a vida e campo dobrado puxando o sonho da gente
Do alto de uma coxilha se enxerga outra na frente
Hoje me pego cantando como a vida parada
Me desse novas estrelas, numa mesma madrugada
Trazendo rimas na alma e versos que o tempo fez
Vou de coxilha em coxilha, um pouco de cada vez
Vou de coxilha em coxilha, um pouco de cada vez
O que se chama esperança e ter guardado com sigo
O calor do primeiro abraço, pra dar ao próximo amigo
A luz do primeiro sol, para o próximo verão
E o mel do primeiro beijo, para uma nova paixão
Desde a primeira coxilha, plantando rama e raiz
Só me arrependo até hoje daquilo que eu nunca fiz
Comete um erro na vila, quem pensa que envelheci
Do alto de uma coxilha a gente e sempre guri