Ao apear no passo
Não achei a barca
Nem rastro, nem marca
Não ficou nem traço
Ao longe eu via
Contra o horizonte
Soberana a ponte
Que antes não havia
E o barqueiro antigo
Manso irmão das águas
Sucumbiu às mágoas
De cruel castigo
A ponte surgiu
Foi de lado a lado
Que ele desprezado
Se afastou do rio
Ao sumir daqui
Lá se foi a barca
Não ficou nem marca
Junto ao rio Jacuí
Barqueiro barqueiro barqueiro
Quem te vê, quem te viu
Morando embaixo da ponte
Que te roubou do rio