Por casa quando me aquieto,
Passei a noite tocando violão
Agradecido da vida aparecida
A lua me fez costado
E eu madrugado era só coração
A saudade por diante era invernada
Cercada de campo, quase nada
Pra quem lida com o gado, o cavalo
E ainda lê no galpão
Milonga, meu milongueio
Meu pedaço de mundo, meu rodeio
Meu ponteio de prosa mimosa
Minha lenha e fogão
Me fui em busca da chaleira pra seguir no mate
Em casa eu mesmo faço a bóia, almoço tarde
Passo o café, ligo o rádio, escuto o noticiário
“Pra o causo” da solidão rondar o meu sinuelo
Golpeado pelo destino o caminho é o mesmo
Onde me apego a animalada e arrasto os meus arreios
Proseando co´a terneirada que anda lambendo os tarros
Fazendo malcriação!