O Sul que me arregla o passo
Assenta os bastos no meu cavalo
Emala um poncho campeiro
Guasqueando aperos para montá-lo
Afirma o pé no estribo
Conforme o tino da sua laia
E sangra a saudade xucra
Aguando as rugas na minha cara!
A dor que encilha o mate
Mangueia em parte o que rebanha
E apanha quando se nega
Banqueando as rédeas do coração
Talvez logo ali por diante
Ela se amanse pela campanha
Nos braços de uma milonga
Cortando o campo pra Uruguaiana!
E saio a camperear "no más"
Até lavar a alma no Rio Uruguai!
E saio a camperear "no más"
Até lavar a alma no Rio Uruguai!
A lo largo, encurtando léguas
Boleio a perna enquanto escrevo
E apeio a prosa com o pingo
Atirando o freio!
O amor que sustenta a casa
Arrasta as garras pela mangueira
E atora acha-de-lenha
Trocando orelha com a criação
Assim de violão no colo
Esfrega os olhos pela Querência
Quarteando outra milonga
Atando a doma enquanto pensa!