Esteja eu, perto ou longe
Mantenha sempre nos olhos
A minha imagem que eu me transformo
Em olhar e em coração
Para embalar essa lembrança
E desprender suas luzes na madrugada
Todos que foram empalhados
Não mais estaremos calados
Como bichos alados
Que voam no silêncio da sua própria solidão
E quem souber imantar
A vela mais que fulgaz
Tua porta tão larga
Vive aberta em silêncio
Pois só treme nos gonzos
Quando rangem os seus dentes
O tempo para na curva
E manda um beijo pra filha da chuva
Correio da noite,
Pois é lá que habitam todos os sexos dos anjos
E os chocalhos da cobra
O olhar do sertão...