Deus me livre de canseira não vou engolir poeira,
Vivo assim nessa peleja
Quem não quiser ver não veja, cada dia tem um nó
Desato de um por um, me pinto de urucum,
Toda guerra tem ferida
O segredo dessa vida é não querer viver só
Toda força ainda é pouca nem tudo que sai da boca
vai pros ouvidos do mundo
O que será que tem no fundo de um coração cruel?
Já ouvi com paciência toda historia da ciência,
Quero escrever a minha, toda caboca é rainha,
todo caboco é fiel.........(bis)
Pra defender meu domínio, vou pelo raciocínio
que nem tudo é passageiro
Imagine o ano inteiro esperando meu amor
Pedra que é pedra procura, na sua inércia
segura rolar pelo morro abaixo
Água correndo por baixo da terra que já secou
Cada folha do meu livro, tem um traço,
tem um crivo, vai do presente ao futuro
Olho por cima do muro, fico de cabelo em pé
Se eu disser tudo que penso, deixarei o mundo tenso
Ta na hora da viola deixar de pedir esmola e cantar o que bem
Quiser...........(bis)
Já me deram muita corda, bicho amarrado engorda,
cada qual tem o seu tempo
Sou metade-contratempo a outra banda voou
Descortino o infinito pra ver seu olhar bonito,
não preciso mais do ouro
Chapéu e calça de coro, cada um tem seu valor
O sol bate na moleira, tem forró no mei-de-feira,
numa roda cabriola
Tanto verso que atola quem num for bom cantador
Pra ficar feito e bem feito, se não tiver outro jeito,
É se defender na taca, cortar o fio de faca, seja lá que bicho for