No céu das minhas noitinhas
Eu ficava jururu
Tinha medo das verrugas
Contando estrelas pra tu
Eram noites tão perfeitas
Que no meio das colheitas
Eu e ela andava nu
O Céu, era meu guru
Em pensamentos virais
Três Marias, Três irmãs...
As visões universais
De onde vem tanto bilho?
Meu pai dizia: -Meu filho,
São lanternas naturais,
Os foquitos siderais,
Planetários do futuro
Senão a noite seria
Um breu, de tanto escuro
Procurei nesse clarão
Mas não vi assombração
Eu me sentia seguro
O céu, pra mim era puro
Solitário, imponente
Um rebento iluminado
Igualzim olho da gente
Piscando claro, azulado
Perto-longe, avermelhado
Queda d'estrela cadente
Luminária fluorescente
Recortava a noite fria
D'atmosfera celeste
O que sonhava, pedia
Uma vez pedi pra ela
O amor de uma donzela
Qu'era tudo que eu queria