Quando um gaiteiro se entona e traz a alma nos dedos
Fazendo brotas segredos que nascem do coração
Que nem potro redomão, se maneia e sem cabresto
Tem, na gaita, seu pretexto e a extensão de sua mão
Tem, na gaita, seu pretexto e a extensão de sua mão
O seu corpo se agiganta e a vaneira se boleia
Boteando quem nem Cruzeira, toma conta do galpão
É a xucra devoção que pede boca e se agranda
Rodando que nem ciranda, erguendo poeira do chão
Rodando que nem ciranda, erguendo poeira do chão
O corpo, então, fica alegre, enquanto a alma se solta
O taura busca a volta e a vaneira corcoveia
Arrebentando a maneira num bailado que se vai
Solto, então, um sapucay e o sangue ferve na veia
Solto, então, um sapucay e o sangue ferve na veia
E o gaiteiro se emociona cantando sua verdade
Num grito de liberdade que solta de suas ilheira'
Lembra a morena trigueira, que se foi sem dizer nada
Deixando somente a estrada e saudade a vida inteira
Deixando somente a estrada e saudade a vida inteira
O corpo, então, fica alegre, enquanto a alma se solta
O taura busca a volta e a vaneira corcoveia
Arrebentando a maneira num bailado que se vai
Solto, então, um sapucay e o sangue ferve na veia
Solto, então, um sapucay e o sangue ferve na veia
O corpo, então, fica alegre, enquanto a alma se solta
O taura busca a volta e a vaneira corcoveia
Arrebentando a maneira num bailado que se vai
Solto, então, um sapucay e o sangue ferve na veia
Solto, então, um sapucay e o sangue ferve na veia
Solto, então, um sapucay e o sangue ferve na veia