Nasci pra cantar verdades
E acesso em meu interior
Arde uma brasa de um fulgor
Que derrama claridades
Silencio de soledades
E murmúrios de oração
No altar de cada canção
Dobro os joelhos com respeito
Pois tenho uma churia no peito
Que se chama coração
Pois tenho uma churia no peito
Que se chama coração
Dos princípios sem retovo
Até este tempo em que vivo
Carrego o pendão nativo
E as legendas do meu povo
E se houver um tribunal novo
Seja onde for em que rincão
Eu recebi a procuração
Pra pelear em qualquer pleito
Pois tenho uma churia no peito
Que se chama coração
Pois tenho uma churia no peito
Que se chama coração
Ao som de algumas em deixas
Declarou em mais de um verso
Cada um de nós é um universo
O guru pop raul seixas
Por isso ao hastear as queixas
Patéticas do meu chão
Campeiros passando fome
Piazada pedindo pão
Só sei cantar deste jeito
Pois tenho uma chúria no peito
Que se chama coração
Assim em ultima instância
O meu libelo com certeza
A quem socializa a pobreza
E privatiza a ganância
E se acharem pouca importância
Neste cantor de galpão
Me sobra a luz da razão
Insofismável do direito
Pois tenho uma churia no peito
Que se chama coração
Pois tenho uma churia no peito
Que se chama coração
Talvez te soe disperso
Juntar no primeiro arranque
Raul seixas e yupanqui
Moeda anverso e reverso
Mas cada um é um universo
Em constante rotação
E eu também meu irmão
Sou tutor deste conceito
Pois tenho uma churia no peito
Que se chama coração
Pois tenho uma churia no peito
Que se chama coração