Tirei um quarto de ronda sem a Lua companheira
Pois choveu a noite inteira, oigalê, tempo bagual
Mas o que importa, afinal, se eu nasci pra ser tropeiro?
E quartear c'os companheiros, que me importa o temporal?
A d'onde não tem seguro se faz a ronda redonda
Na grama, a água faz onda, o aguaceiro não dá trégua
Ainda falta algumas léguas para entregar esta tropa
Menos mal que o poncho ensopa sem molhar o lombo da égua
Ao chegar na Bossoroca, me vou direito à balança
E, pra o reponte da andança depois da tropa pesada
Levo ao trote a cavalhada, parceiros do vai e vem
E escuto o apito do trem que se vai rumo à charqueada
Ao chegar na Bossoroca, me vou direito à balança
E, pra o reponte da andança depois da tropa pesada
Levo ao trote a cavalhada, parceiros do vai e vem
E escuto o apito do trem que se vai rumo à charqueada
E escuto o apito do trem que se vai rumo à charqueada
Relampeava e trovejava raios de tremer o chão
No relâmpago, o clarão me mostrava cada rês
-É a lanterna que Deus fez! Disse o capataz Ramires
Quando enxergou um arco-íris no lombo de um Charolês
(E, agora vou chamar o meu amigo e cantador missioneira Luiz Carlos Borges pra cantar comigo)
Logo se finda a tropeada e eu me vou pra Timbaúva
Secar o lombo da chuva nos campos finos, morada
No meu rancho beira estrada, d'onde a retina se alonga
Vou tirar um quarto de ronda nos braços da prenda amada
Ao chegar na Bossoroca, me vou direito à balança
E, pra o reponte da andança depois da tropa pesada
Levo ao trote a cavalhada, parceiros do vai e vem
E escuto o apito do trem que se vai rumo à charqueada
Ao chegar na Bossoroca, me vou direito à balança
E, pra o reponte da andança depois da tropa pesada
Levo ao trote a cavalhada, parceiros do vai e vem
E escuto o apito do trem que se vai rumo à charqueada
E escuto o apito do trem que se vai rumo à charqueada
E escuto o apito do trem que se vai rumo à charqueada