Não quero mais nada
Que seja segundo a minha vontade
Quero estar na mão do meu criador
Feito matéria trabalhada
Segundo a sua vontade
Quero estar entre os dedos
Do meu criador
Feito a massa
Nas mãos do padeiro
Feito o metal
Nas mãos do ferreiro
Feito o barro
Nas mãos do oleiro
Sou um barco
Nas mãos do barqueiro
Não quero mais nada
Que seja segundo a minha vontade
Sou um tolo e fui enganado
O pecado se escondeu
Atrás de minha pretendida humildade
Quando eu estendi a mão
O pecado do orgulho e da vaidade
Esconderam no fundo desse bem
Quando eu cantei a sua gloria
A vaidade estava na minha voz
Eu descobri esse pecado
Entre as coisas puras
E as boas intensões
Por isso não quero mais nada
Que seja segundo a minha vontade
Quero ser apenas o sopro do vento
De sua vontade
Não sou o vento
sou apenas o sopro do vento
De sua vontade