La fora quando amanhece
O galo canta bem cedo
La pro lado do arvoredo
Se rotossa a passarada
Um índio madrugador
Vai alisando o porongo
Ajeita a taipa pra orum mate
Que a agua já está no ponto.
Nem bem o Sol mostra a cara
Se arremanga a peonada
Já se acorda a gurizada
Vão apojando os terneiro
Um peão volteia os cavalos
Pra encilhar que tá na hora
De se largar a campo a fora
Tem castração no rodeio.
O laco cortando o espaço
Cerra na aspa do touro
E o taura por desaforo
Deixa a argola relanpeando
E outro só por proeza
Com a armada de todo o laço
Da um pealo de cucharra
E mostra certeza no braço.
Assim e a vida la fora
Naquele fundão de campo
Onde amanhece e anoitece
Mas sempre no mesmo tranco
Pra uma visita la fora
Nao precisa ser parente
A hospitalidade mora
No coração desta gente.