Não monto em cavalo manso nem que me custe um rodeio
Gosto do lombo do potro por causa do sarandeio -
O maula em baixo do basto nunca me causou surpresa
Me representa que eu ando por cima da correnteza
Depois do primeiro pulo nem que a coisa fique preta
Dou com a mala e cravo a espora bem na volta da paleta.
Mantungo que corcoveia se eu amansar, desmancho
Ensino a pegar a estrada me carregando pro rancho
E eu nunca encontrei pergunta que eu não ache a resposta
Se não ser pra ir pra frente saio surrando de costa -
Acho bem lindo um crinudo quando vem se manoteando
Só pra ver o lombo dele sobre o ar me abaralhando.
E um potro escondendo a cara é brabo de se entender,
É madeira que não lasca e é pedra dura de roer.
E quando eu não puder mais montar em qualquer ladino
Eu quero ficar na terra pra rosetar meus destino
Pois quando eu deixar a lida me apeando junto a um rodeio
Talvez me sobra o buçal, o mango, laço e o freio
E se um dia este Rio Grande quiser se atorar no meio