Vá Arguinesto, pega o mouro e vai costeando o piquete
Se avistar o Aguinel, entregue em mãos um bilhete
Diz que a turma da água benta, disfarçada de ginete
Vai chegar no rancho dele tapando o céu de foguete
Diz pra um dos peão ir no campo e apanhar umas Macegas
Varrer o chão do galpão que é onde o taura refrega
De levar um cachorro velho, o Jorginho se encarrega
Cozinheiro de mão cheia, parceiro que não se entrega
Na frente da comitiva, prestando definição
Vai o Cláudio do servito, gargalo palmeando a mão
Álvaro na reta-guarda pra mode de proteção
Periga a tropa estourar se quebrar o garrafão
É estirpe do Rio Grande cruzando Caraguatá
Na Fazenda dos Quati, pra um amigo visitar
Zé Gaúcho pacholeando, disse que vão se chegar
Em riba da meia-noite, como faz o Boitatá
A boia pra estes viventes não requer preocupação
Charque gordo com linguiça e sapecada de pinhão
Me disse o Daltro Bertussi, passe a foia num leitão
E vamo assar, só por farra, a cabeça de um capão
Aguinel, eu não garanto pelo mundel dessa gente
Que entenderam de fazer, do teu rancho, esse repente
Passado o primeiro susto, tu ainda vai ficar contente
Que o gaiteiro é do Pontão, nem pode ser diferente