Unidos de Padre Miguel é tribal
Um aperto de mão interracial
Hoje é o povo de Tupã
Dono desse carnaval
Jaci já trocou o céu pelo mar
E Guaraci surgiu na terra, iluminando
E o pajé dos tupinambás
Fumou cipó, foi se transformando
Num beija-flor, num boi tatá
Virou boiúna na cachoeira desceu
Fumou, fumou, nos fez sonhar
Que coisa o eldorado de Deus
Carijós, tamoios, caetés, camaiurás
Campas, tabajaras, arapasos, carajás
Garantidos são os sonhos dos seus curumins
Caprichoso é Yupã, senhor de Parintins
Bumba meu boi no preconceito imbecil
Tem sangue na bandeira brasileira
De Raoni, camarões
Essa país é filho de mil nações!
Quem dera a alma dessa gente eldorada
Reencarnasse na população civil
Toda pureza da yara, mãe d’água
Lavando os olhos dessa pátria mãe gentil!
E a cidade submerssa encantada
Aparecesse onde Dom Bosco, enfim, previu
E as Nações Unidas numa caboclada
Ali fundassem a aldeia do Brasil