Beija-Flor
Iracema!
A virgem dos lábios de mel
Formosa como o azul do céu
Beleza
Num lindo poema
Pureza o olhar de um curumim
O sopro de tupã ecoou
E ao encantar Martin
Um amor sem fim, se apaixonou
Índia guardiã do segredo da jurema
Guerreira cunhatã
Aê, aê
Tem magia na aldeia
Aê, aê
O pajé incorporou
É o fogo que incendeia
O luar clareia um ritual de amor
Tabajaras, tacapes e ajarés
Pitiguaras, a dor se lança aos seus pés
A imagem é devoção, a arte em forma de oração
O pranto foi molhar pra semear nossa raiz
E floresceu o nosso povo, um belo matiz
Ê caboclo da mistura
Um só corpo
Morenou
Jandaia, há sinfonia em seu cantar
Nas palmeiras onde canta o sabiá
Das areias coloridas, musiquei meu coração
Minha escola, minha vida
Pisa forte nesse chão
É lenda viva que vem lá do Ceará
No toque do meu tambor
A força da mata
É de arrepiar
Sou a tribo Beija-Flor