Desperta, poeta
Esbanja o dom que Deus lhe deu
Já me benzi no tambor
De Madureira eu sou
Devoto de Arlindo Domingos da Cruz Filho
De Xangô, o rei da Pedreira
O povo de Jorge, ninguém vai derrubar
Da Luz de Candeia, a Tamarineira, o apogeu
Vem ver um Império tão lindo quanto um samba seu
O que é o amor? Já sei responder!
Tá no seu lugar, mora dentro de você
Reizinho do amor sem fim
Imperiano de fé é assim
Assim que faz um samba
Para um gênio partideiro, brasileiro imortal
Das suas melodias a Serrinha
Faz a figa nesse carnaval
A sua bailarina não perdeu a fé
Sambista tão perfeito, feito em Candomblé
Se toca um jongo no terreiro
A saudade é lição de malandragem
Bem no Fundo de Quintal
Se tem pagode e um banjo envolvente
Faz barulho, Arlindo está presente
Salve Aniceto que o batuque começou
Cadê Fuleiro e Tia Eulália pra dançar?
Mano Décio a viola harmonizou
E o Império se embalou pra te embalar
Chama o Das Neves pra tocar o agogô
Silas e Beto pra compor e pra versar
Vó Maria, Dona Ivone Laraiá
E o Império se embalou pra te embalar